quinta-feira, 3 de maio de 2007

O maior inimigo de Mourinho

Pelo título parece que vou falar de Rafael Benítez mas não. O treinador espanhol é talvez o maior adversário de Mourinho, ou pelo menos o que lhe dá mais dores de cabeça mas o seu maior inimigo não mora em Liverpool. O maior inimigo do treinador Português é ele próprio.

Ele é o meu treinador. Não seria capaz de escolher outro porque odeio perder. Mas apesar da minha imensa admiração pelo “special one” também consigo ver os seus defeitos. E como eu acredito que o maior inimigo de um homem são os seus defeitos, digo que o ego de Mourinho é o seu maior inimigo.

Sou completamente apaixonado por futebol, alguns me chamariam mesmo de fanático, e isso me faz obrigatoriamente ser um dos maiores fãs do trabalho do actual treinador do Chelsea, porque ele é o símbolo do treino no futebol moderno, um modelo na qualidade de trabalho, na inovação, no discurso, nos resultados. Mas por vezes perde-se em guerras estéreis, desgastando inutilmente a sua energia e a energia do seu clube, com os únicos beneficiados destes golpes teatrais a serem os jornais que sempre anseiam por mais “sangue”.

Os dois exemplos mais recentes em que José Mourinho se deixou vencer pelo seu ego, foi a troca de palavras com Cristiano Ronaldo e a falta de poder de encaixe no final do jogo de 3ª feira com o Liverpool, que ditou a passagem dos de Anfield à final da Champions League a realizar este mês em Atenas.

No primeiro caso tudo começou com o técnico português a comentar com palavras duras os árbitros da Premier League dizendo que parecia existir uma regra que proibia os árbitros ingleses de assinalarem grandes penalidades contra o Manchester United. Mourinho tinha totalmente razão, em casos de duvida o Manchester era constantemente beneficiado, ele queixou-se e com razão. Usou palavras duras, utilizou o seu discurso arrogante e directo mas foi justo, tinha de falar em defesa da sua equipa. Um treinador serve para isso mesmo, para defender os interesses dos seus. Mas quando Mourinho responde a Cristiano Ronaldo fazendo referencia a possíveis problemas na educação do jovem internacional português perde toda a razão, perde todo o bom senso. Passa uma linha perigosa que separa os “mind games” do ataque pessoal que no desporto é em qualquer situação injustificável.

No segundo caso José Mourinho não conseguiu encaixar a derrota que afastou o Chelsea mais uma vez da final da Champions e mais uma vez derrotado pela equipa de Benítez. Com toda esta frustração, o líder dos “Blues” tentou obter de alguma forma um vitória moral dizendo no fim do jogo que a sua equipa tinha sido a melhor em campo e que por isso mereciam passar, mas desta vez ate nem foi verdade. Existiu justiça na passagem do Liverpool à final, como seria justo se fossem os Londrinos a viajar ate Atenas para disputar o tão ambicionado trofeu, porque foi uma eliminatória muito equilibrada. No primeiro jogo foram melhores os de Mourinhos e no segundo foram melhores os de Benítez.

Mourinho na final do jogo, disse ainda que o ambiente de Anfield Road não é assim tão especial e que não teve nenhuma influencia no jogo. Como é possível negar a magia de Anfield Road? Se o ambiente não é especial ali também não o é em mais nenhum estádio, o que é um disparate.

Temos de ser grandes nas derrotas e ainda maiores nas vitórias, grandes em respeito. Mourinho sempre teve alguma dificuldade em lidar com as vitorias mas sobretudo com as derrotas. Ele em momento algum se deve esquecer que é um líder de homens, um ídolo para muitos e não uma criança mimada a quem se diz não.

Apesar disto, continuas a ser o meu treinador. A ser o maior, e por isso mesmo sabes que esperamos de ti pouco menos do que a perfeição.

O central silencioso


É um daqueles jogadores de quem raramente se fala, que todos reconhecem o seu valor mas que não fazem parte das capas dos jornais, nem figuram nos prémios dos melhores do ano.
Jamie Carragher é provavelmente neste momento o melhor central do Mundo atrás do nosso Ricardo Carvalho, se não forem os dois melhores são os que estão em melhor forma o que vai dar ao mesmo.
O central do Liverpool é um jogador imenso, na sua qualidade de colocação, na sua entrega ao jogo, no seu acreditar, no seu espirito de luta que orgulha o ambiente mágico de Anfield Road.
Ele vai a cada bola como se fosse a ultima que pudesse disputar, com a alma de quem tem uma missão divina, a missão de proteger a sua baliza, o seu guarda – redes, os seus companheiros da amarga sensação de sofrer um golo, da derrota.
Não é um jogador exuberante, nem parece possuir capacidades extraordinárias mas é sobretudo um jogador completo, que tem na sua maior qualidade a eficiência, e que melhor qualidade pode ter um central que a eficiência?
Por pior que esteja a correr o jogo, por pior que a equipa esteja a defender, os jogadores do Liverpool e os seus adeptos sabem que na maior parte das situações vai existir um pé ou uma perna de Carragher a cortar um lance de perigo para a sua baliza, ele vai aparecer nem que seja no ultimo momento quando já nada parece poder ser feito, ele aparece com a generosidade tão característica do futebol inglês.
Talvez fosse essa generosidade que possibilitou a Agger, seu companheiro no centro da defesa de Liverpool, fazer uma óptima adaptação ao futebol inglês e a equipa logo na sua primeira época em terras de sua majestade.
Carragher é a par de Gerrard o jogador que encarna o espirito mágico que se vive em Anfield Road num dia de jogo, o espirito que leva os seus adeptos a cantar o “you will never walk alone” com a devoção de quem reza a um Deus maior.

terça-feira, 1 de maio de 2007

A metralhadora giratória ou simplesmente Romário

Romário para mim será sempre especial, será sempre o melhor, porque faz parte do meu imaginário de criança apaixonada pelo futebol. Do Dream Team do qual ele fez parte em Barcelona sob as ordens de Cruyff até ao mítico Mundial de 94 em que ele levou o Brasil ao tetra campeonato. Tudo isto faz parte das minhas memórias de infância e nada pode concorrer com isso, porque a magia do que acontece na nossa infância é irrepetível, incomparável. Como escreve a antiga estrela brasileira Tostão, Romário “não foi o mais premiado centroavante de todos os tempos, nem sei se foi o melhor, mas foi o mais genial, o que mais me fascinou.”

Romário teve sempre a eficácia como principal arma, mas tudo que seus pés ofereciam ao futebol era inevitavelmente belo. Johan Cruyff disse a respeito de Romário que: "Ele é o génio da grande área". Talvez como ninguém ele dominou aquele espaço sagrado do campo, com os seus dribles curtos, com o seu remato de bico, com aquele toque de bola adocicado. Ele aparecia com a pontualidade dos predestinados, na hora que tinha marcado com o destino para sempre finalizar a criação de Deus com um golo.

O seu principal segredo estava na simplicidade com que finalizava, e nunca a simplicidade no futebol foi tão bela. Marcou golos de todas as formas e feitios, e marcou tantos que alguns tinham de ser repetidos porque já não era possível inventar mais formas de marcar.

A sua genialidade foi talvez o seu maior entrave para não ter ganho mais títulos, para não ter um sucesso mais duradouro na Europa, porque preferia “o treino” na praia jogando futvólei do que treinar com a equipa dois toques num campo pequeno. Mas a sua genialidade foi provavelmente o que lhe permitiu expressar o seu talento, sem essa genialidade ele teria sido mais um, não teria sido Romário.

Apesar de ser fã incondicional do “Baixinho” acho que ele já devia ter terminado a sua carreira como futebolista à uns 4/5 anos atrás, mas ele continua na sua cruzada pessoal para alcançar o golo 1000. Seria para ele como que entrar num clube divino com um acesso muito restrito, seria estar na companhia de lendas como Pelé, Eusébio, Di Stéfano e Gerd Muller.

Romario será o último jogador a entrar para este clube, porque o futebol mudou. Por isso todos devemos compreender a obsessão do brasileiro em atingir a meta dos 1000 golos, é uma forma de se tornar uma lenda imortal ainda vivo, com a oportunidade de ainda poder festejar marcando um golo mais na “sua” praia de Copacabana.

P.S.: para melhor perceber quem foi Romário ler a fantástica crónica de Tostão sobre Romário - Fenomenal Centroavante

segunda-feira, 30 de abril de 2007

O Jogador

Eu sempre pensei que o melhor do futebol são os jogadores. Por amor ao jogo, pela origem comum e suburbana, pela herança que recebem dos craques veteranos, eles são depositários de uma cultura muito particular.

Homenagem

A matéria-prima é: a bola, o campo de jogo, um estádio onde a multidão ruge. Mas o futebol é um milagre feito por homens jogando. Glória aos artistas que - sem outra universidade além da rua, a miséria e a disputa - construíram o maior espetáculo do século.

Quem se emocionar com as táticas que levante a mão

Jorge Valdano, "Apuntes del Balón", La Esfera de los Libros, 2001

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Taça UEFA

O Espanhol de Barcelona acabou de despachar o Werder Bremen por 3 – 0 numa das meias-finais da taça UEFA. Os alemães, equipa que muito aprecio, cometeu demasiados erros e acabou por ter alguma sorte em não sofrer mais golos.

A equipa de Barcelona apresenta uma confiança impressionante o que a faz correr mais que o adversário, o que a faz ganhar quase todas as bolas divididas, o que a faz chegar quase sempre primeiro à bola, o que a faz ser a única equipa nas taças europeias que ainda perdeu qualquer jogo, no mínimo extraordinário.

Quem acredita assim merece ganhar, merece estar na final, porque o futebol é sobretudo uma questão de fé, não fosse ele a maior das religiões.

Quando os meninos se fazem homens



Mikel John Obi chegou ao Chelsea no verão passado depois de um transferência envolta em polémica onde o Manchester United também esteve envolvido. O Nigeriano antes de se transferir para Inglaterra jogava no humilde campeonato Norueguês no F.C. Lyn Oslo.

Mourinho viu-se obrigado a apostar em Mikel como titular face as lesões que varreram a equipa Londrina esta época, e como ele próprio reconheceu essas lesões também tiveram um aspecto positivo, o aparecimento de Kalou mas principalmente de Mikel que de outra forma não teriam hipóteses de terem tantos jogos para mostrarem o seu talento face à qualidade que impera no meio campo e ataque do Chelsea com jogadores já consagrados.

Mikel fez a semana passada 20 anos e ainda tem a inocência e timidez dentro de campo de um menino que de um momento para o outro se vê a lutar lado a lado com os seus ídolos pelos maiores troféus, nos maiores estádios, contra as melhores equipas. E ainda ontem isso ficou demonstrado, principalmente na primeira parte, quando Mikel raramente arriscava um passe para a frente preferindo quase sempre passar para o lado e muitas vezes para trás. Com o decorrer do jogo isso foi alterando-se, na 2ª parte, com a postura mais atacante do Liverpool ele foi obrigado a lutar mais, a estar mais concentrado e talvez isso lhe desse a confiança que lhe faltava para o resto do jogo, isso e os constantes incentivos de Mourinho a partir do banco para ele subir, para esticar mais o jogo da equipa que chegou a sofrer, face a pressão vigorosa dos jogadores de Rafa Benitez. Avançou mais no terreno, arriscou mais nos passes, fez uma grande abertura para Kalou que não aproveitou. Quando o Chelsea deixou de ter um Makelele começou a ganhar um Mikel que quanto a mim acabou em grande, acabou tal e qual como ele é, um excelente jogador imerso num talento natural que por vezes custa a sair pela timidez que parece ser de um menino.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Como o futebol pode ser admirável


A magia de Káká, a imprevisibilidade de Cristiano Ronaldo, a inteligência de Pirlo, a entrega de Gattuso, aquela assistência do Scholes, o espírito do Giggs, a segurança de Nesta, o talento de Seedorf, o sacrifício de Fletcher, a estrela de Rooney. Tudo isto num poema chamado Manchester 3 Milan 2.

Já estamos à espera do Chelsea vs Liverpool!

O problema Fernando Santos

Talvez desde o Benfica campeão da época 93/94 que a equipa da Luz não praticava um futebol tão consistente e entusiasmante como o Benfica actual, excluindo o inicio da época obviamente. Deveriam então os benfiquistas estarem satisfeitos com o trabalho do seu treinador, mas não estão, nem podem estar porque o Benfica está em 3º lugar na liga portuguesa a 5 pontos do primeiro classificado, foi eliminado da taça de Portugal pelo Varzim que se encontra na 2ºliga e foi eliminado nos ¼ de final da taça UEFA por uma equipa mediana do campeonato espanhol, poderia alguém estar realmente satisfeito com o trabalho de Fernando Santos? Penso que sim, os adeptos do FC Porto e do Sporting CP.

Virtudes de Fernando Santos no Benfica

1 A teimosia no 442 losango que no início da época não estava a funcionar mas que face aos elementos que constituem o plantel do Benfica é a única táctica adequada.

2 A contratação de Katsouranis, o médio grego é sem duvida uma mais valia para o Benfica.

3 A melhor época de sempre de Simão. “Inventou” uma solução para Simão no losango quando esse parecia ser o maior problema.

4 Alguns jogos de um futebol avassalador como à muito não se via para os lados da Luz.

5 Ser benfiquista ou não, já começo a duvidar.

Defeitos de Fernando Santos no Benfica

1 Não soube ou não o deixaram (e aceitou essa situação) construir um plantel equilibrado.

2 Em dezembro deixou/aceitou a saída de Alcides perdendo logo duas opções, a de lateral direito e a de central, não tendo actualmente qualquer alternativa valida para substituir Nelson do lado direito. Deixou sair Kikin Fonseca e recebeu em troca Derlei ficando claramente a perder com esta troca.

3 Foi preciso o Nuno Assis ser Castigado para Fernando Santos perceber que o Karagounis é um jogador muito acima da média e que tem de jogar.

4 Aquela substituição recorrente a faltar1/2 minutos para acabar o jogo, já à muito que se deixou de usar, não poupa fisicamente o jogador que sai e claramente não dá confiança a quem entra.

5 Foi preciso o Mantorras protestar para Fernando Santos o colocar a jogar mais de 10 minutos. Ate ai o Mantorras só entrava quando era necessário fazer milagres, o que provavelmente não é a melhor forma de um jogador ganhar confiança e ritmo de jogo.

6 Tem o Derlei como primeira opção para avançado em detrimento de Mantorras, tem Derlei como primeira opção para extremo em detrimento de Manu e Paulo Jorge. Derlei nem sequer é jogador do Benfica o que dificulta ainda mais a compreender esta aposta no ex avançado do Leiria e FC Porto.

7 Não foi capaz de perceber o talento de David Luiz nos primeiros meses em que trabalhou com ele, preferindo enfraquecer o meio campo na Vila das Aves colocando Katsouranis a central, frente ao Desportivo das Aves o pior ataque da Liga Portuguesa. Isto parece-me muito grave mas pode ser só impressão minha.

8 Apenas utilizou de forma continuada13/14 jogadores o que originou que os jogadores mais utilizados estejam fisicamente de rastos, sendo os exemplos mais evidentes Katsouranis, Nuno Gomes, Nelson e Léo. E os jogadores não utilizados estejam completamente desmotivados, pois esqueceu quase por completo Manu, Miguelito, Mantorras e Paulo Jorge.

9 Opções ridículas como frente ao Braga colocando David Luiz a lateral esquerdo com Miguelito no banco, como se sentira o antigo jogador de Nacional e Rio Ave? Motivado? Pronto para ajudar a equipa quando for chamado? Pois, se calhar não.
A menos de 10 minutos do fim, quando estava empatado com o Braga e era obrigatório ganhar lança Manu um jogador que não jogava a uns 2 meses por opção técnica, portanto sem ritmo e sem confiança.
A entrada de Manu frente ao Maritimo a 2 minutos do fim, quando o jogo à muito que estava resolvido com o 2-0 e Fernando Santos não foi capaz de apostar no jogador mais cedo para lhe dar ritmo e confiança para jogos em que pode vir a precisar dele.

10 O discurso apático e sem chama, queixando-se recorrentemente que a bola não entra. Fernando Santos deveria antes lembrar-se que é preciso criar condições para a bola entrar, e esse deveria ser o seu trabalho.

11 Demorou mais de um mês a perceber que seria melhor colocar Anderson do lado direito do centro da defesa, face á ausência de Luisão, para estabilizar as exibições do central brasileiro que em muitos jogos foi um dos maiores problemas do Benfica.

Podia facilmente enumerar mais 10 defeitos no trabalho de Fernando Santos ao serviço do Benfica.. Espero que o bom senso exista e o treinador saia no final da época pois a sua continuação pode significar mais uma temporada sem títulos como a presente.
Fernando Santos apenas foi campeão nacional por uma única vez, no comando de uma equipa fantástica do FC Porto que já estava toda montada para ganhar e que vinha de vencer 4 campeonatos consecutivos e quando o Benfica e o Sporting se encontravam de rastos, isto deve quer dizer alguma coisa em relação ao valor Fernando Santos como treinador. Um engenheiro do quase.

Um treinador não deve fazer parte do problema mas sim parte da solução.



P.S.: Peço desculpa pela extensão do post mas tinha de purificar a alma.

Futebol de qualidade I


Querem ver futebol ofensivo de qualidade? A resposta é óbvia, claro. Para isso basta estar atento ao campeonato alemão, aos jogos do Werder Bremen, um autêntico regalo para os amantes de futebol ofensivo. Neste momento é talvez a equipa que mais prazer tenho em ver jogar.

A equipa costuma-se apresentar num 442, com o meio campo disposto no losango da moda.

A linha defensiva é usualmente constituída por Fritz com lateral direito, Wome com lateral esquerdo, sendo Naldo e Mertesacker os centrais. O meio campo é geralmente preenchido por Vranjes no vértice mais recuado, o “nosso” Diego no vértice mais avançado, Frings como médio interior direito e o gigante Borowski como interior esquerdo. Como pontas de lança têm o letal Klose e a jovem esperança alemã Hunt, este ultimo tem sido aposta muito por culpa da ausência forçado por doença de Klasnic.

A linha defensiva é fisicamente muito poderosa, tem uma média de alturas de uns impressionantes 189cm, sendo que Naldo mede 195cm e Mertesacker 198cm. Com a ajuda de Borowski (194cm), e do guarda-redes Wiese (193cm) o jogo aéreo defensivo raramente é um problema e o jogo aéreo ofensivo é um problema mas para os adversários já se está mesmo a ver porque. Os dois laterais são de uma forma geral muito ofensivos, principalmente Wome do lado esquerdo. Naldo apesar da sua altura consegue ser um central bastante rápido, é o líder da defesa e um dos jogadores mais queridos pelos adeptos.

A linha de meio campo tem a segurança defensiva de Vranjes, um jogador que tem facilidade em fazer a primeira transição ofensiva, e que possui um sentido posicional excelente o que proporciona fazer facilmente os equilíbrios defensivos, dada a sua boa técnica tem autorização para aparecer frequentemente em terrenos mais ofensivos e mesmo em zonas de finalização. Frings é um jogador que não da uma bola como perdida, que recupera por isso inúmeras bolas e que depois possui a qualidade suficiente para sair a jogar quer com a bola controlada quer por passes de qualidade. Borowski tem tido esta época alguns problemas com lesões o que o tem impossibilitado de estar ao seu melhor, mas é sem duvida um jogador chave no meio campo do Bremen, pelo poderio físico que impõem e pela qualidade técnica que possui. Estes três jogadores podem facilmente rodar por qualquer uma das 3 posições mais recuadas do losango o que facilita em muito a vida ao seu treinador. Muito provavelmente o principal missão deste trio é colocar a bola em boas condições em Diego para este tomar decisões.

Diego é talvez um dos melhores jogadores da Europa neste momento e só não tem mais projecção devido à ainda falta de mediatismo da Bundesliga. A sua genialidade não surpreende para quem o conhecia dos tempos em que maravilhava os adeptos dos Santos ao lado de Robinho, o que surpreende é a sua adaptação ao campeonato alemão onde quase sempre a lei do físico é a mais forte. Apesar de Diego não ser um jogador baixo (174cm) é o único jogador dos mais utilizados a medir menos de 180cm, o que dá uma ideia da capacidade física das equipas alemãs. Mas Diego não quis saber de nada disso e limitou-se a encantar com o brilhantismo do seu futebol, é o motor da máquina ofensiva que é o Werder Bremen. Dinamiza o futebol com o talento dos predestinados e executa em alta velocidade porque para Diego não há tempo a perder no futebol, depois do tempo perdido no Futebol Clube do Porto. Nesta primeira época ao serviço dos alemães ele apresenta estáticas fantásticas, 12 golos e 12 assistências em 29 jogos, para um médio é assombroso.

Na frente Hunt não se conseguiu afirmar totalmente face à ausência de Klasnic, tem alternado com Hugo Almeida e Rosemberg na companhia a Klose mas mesmo assim tem sido o mais regular dos três tendo marcado ate agora 8 golos e feito 3 assistências.

Quanto a Klose não há palavras, é simplesmente mortífero. 12 golos e 13 assistências em 27 jogos, estes números dão ainda mais relevancia à estatística de Diego que consegue marcar tanto com o melhor avançado da equipa e um dos melhores do campeonato.

O Bremen apresenta 67 golos marcados em 30 jogos sendo apenas superado (nos cinco campeonatos mais competitivos da Europa) pelo Manchester, Inter e Roma que já marcaram mais golos mas também efectuaram mais jogos.

O treinador é Thomas Schaaf que apesar de ter sido um defesa nos seus tempos de jogador construiu em Bremen um hino ao futebol ofensivo do melhor que tenho visto. È simultaneamente uma equipa muito competitiva, uma vez que o estilo ofensivo declarado não é baseado em ingenuidade mas sim numa cultura táctica de qualidade não perdendo assim eficiência, estando a equipa nas meias-finais da taça UEFA, e disputando a liga alemã, encontrando-se a apenas 2 pontos do primeiro classificado Schalke 04.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Notas do Villareal vs Barcelona (um belo jogo)

Num Villareal “órfão de pai”, entenda-se Riquelme, existem dois “pais adotivos” que não substituem o génio argentino, porque afinal de contas pai é pai, mas que fazem o que podem e caros amigos ainda podem muito.
Falo-vos de Marcos Senna e de Robert Pires, que ainda no último domingo carregaram o Villareal ao colo na vitória contra o Barcelona por 2 -0, o primeiro pela força e inteligência e o segundo pela pura classe que ainda oferece.
Senna e Pires dão a segurança que todos os órfãos procuram, a segurança de alguém que lhes mostre que ainda há esperança, que as coisas no fim vão correr bem e tudo se vai resolver, é isso mesmo que ambos colocam em cada jogada, em cada passe, em cada olhar.
Senna é o pai “trabalhador” aquele que independentemente de tudo e sejam quais forem as condições vai realizar o seu trabalho de forma eficiente, ora pela força, ora pela inteligência, ele impõem no meio campo as suas regras e os outros que as sigam ou pior para eles. Recupera inúmeras bolas, pauta o jogo com a clarividência de que entende futebol e para coroar todas as suas qualidades tem um remate de media/longa distância excelente.
Pires é o pai “generoso” que gosta de oferecer futebol em tons de arte, que não abdica da beleza eficaz em tudo o que executa dentro de campo. Parece um miúdo que foi proibido de jogar pelos pais durante uns tempos e que quando tem novamente autorização quer recuperar o tempo perdido em cada jogada.
Ninguém substitui a genialidade e talento de Riquelme mas ter Senna e Pires em plena forma ajuda e de que maneira.


P.S.: Peço desculpas pela demorada ausência que se deveu sobretudo a alguns problemas espirituais e muitos problemas carnais. Grato pela vossa compreensão.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Futebol espectáculo ou nem por isso?


A propósito do encontro entre a Republica Checa e a Alemanha que se vai realizar no próximo sábado, a contar para a fase de qualificação do EURO 2008, perguntaram ao médio Checo do Arsenal Rosicky o que ele achava do actual momento de forma de Michael Ballack. Rosicky respondeu “Não sei, não tenho visto o Chelsea jogar. Eles são uma equipa aborrecida.”

É quase unânime que o Arsenal é a equipa da Premier Legue que melhor futebol exibe tendo como critério o espectáculo, sendo muito provavelmente a melhor equipa na Europa a este nível mas por outro lado encontra-se a 14 pontos (com menos um jogo) do Chelsea estando fora da luta pelo título Inglês.

Afinal o que devemos valorizar no futebol moderno, o espectáculo ou a competitividade? Podem as duas vertentes coexistirem numa equipa?

A reposta é óbvia, claro que sim. O exemplo mais recente é o último vencedor da liga dos campeões e actual campeão espanhol Barcelona, que na época transacta arrebatou os verdadeiros adeptos do futebol espectáculo com uma equipa que chegou a criar a ideia de ser quase invencível. Outro exemplo claro foi a equipa dos galácticos de Madrid na era de Vicente Del Bosque, uma equipa imparável, adocicada pelo talento e fantasia de Figo, Raul e sobretudo Zidane, criando verdadeiros momentos de êxtase futebolístico.

Por outro lado temos o Milan, a Juventus e o Bayern de Munique que recentemente foram campeões dos respectivos campeonatos e venceram a liga dos campeões sem grandes brilhantismos em termos de espectáculo, uma vez que declaradamente deram primazia ao pragmatismo e racionalidade. Um grande exemplo disso mesmo foi o campeão europeu Liverpool sob o comando de Rafael Benítez, que baseia muito do seu futebol numa estrutura defensiva eficaz dando pouco liberdade para os talentos.

Conseguiria o Valência de Héctor Cúper e de Benítez ter sido finalista da Liga dos Campeões e vencedor da Liga Espanhola respectivamente, com um futebol mais atractivo? Ou toda a sua eficácia se perderia de imediato?

O exemplo da moda nesta questão de futebol espectáculo/resultados é o Chelsea de José Mourinho. Eu sou um admirador confesso de Mourinho, mas estando um dia destes a ver um jogo da sua equipa pensei, como é que é possível as pessoas pagarem bilhete para ver um jogo destes? O Chelsea tinha marcado cedo e estava acerca de 60 minutos a controlar o jogo, de forma excelente alias como usualmente fazem, mas aquela situação era no mínimo aborrecido, já todos sabíamos que os Blues iam ganhar e a única coisa que nos restava desse jogo era esperar pelo fim do mesmo. Talvez com sorte teríamos mais um golo do Chelsea. Mas deixo outra pergunta, será que não devemos valorizar a capacidade soberba que os campeões de Inglaterra têm em controlar os ritmos de jogo, antecipar as jogadas adversárias, fazer posse de bola? Será que isso não é á sua maneira espectáculo?

A equipa do “Special One” foi montada para ter resultados positivos, ganhar. Passando o entretimento/espectáculo para uma espécie de bónus que pode existir ou não. Mas para sermos justos temos de agradecer ao Chelsea de Mourinho algum dos maiores espectáculos de futebol que nos lembramos, como os inesquecíveis embates com o Barcelona, só lamentamos que não sejam mais frequentes.

O romantismo do futebol Sul-americano e a ingenuidade do futebol Africano já não têm espaço no futebol moderno Europeu e com isso perdeu-se alguma alegria, alguma fantasia e alguma irreverência mas sobretudo ganhou-se intensidade, competitividade, velocidade e penso que a qualidade de jogo melhorou com isso, mas não a sua beleza.

Durante uma semana por vezes vejo 10 jogos de futebol, com alguma sorte 4 são bons jogos de futebol e com muita sorte 1 será um bom espectáculo.

Quais serão os verdadeiros parâmetros que nos devemos basear para afirmar que estamos na presenças de um boa equipa de futebol? Vitorias? Golos? Espectáculo?

No fundo o que todos nós queremos é que existam fantásticos jogos de futebol, recheados de golos maravilhosos, com fintas mirabolantes mas que todos os fins de semana a nossa equipa ganhe nem que seja por 1 a 0 com um penalty inexistente marcado no ultimo minuto depois de um jogo sem remates as balizas.

terça-feira, 20 de março de 2007

Equipa do Fim de Semana

domingo, 18 de março de 2007

FCP x SCP, alguns "bitaites"


Confesso, esperava uma vitória do FC Porto. Pelo momento, pela história, pelo factor casa, pela experiência, etc etc. Não via contudo neste desiderato demasiadas facilidades. O Sporting tem uma equipa jovem mas extremamente talentosa, irregular mas que não raras vezes se empolga, principalmente nos grandes jogos. E que, claro, face às circunstâncias não tinha nada a perder.
Não contava era com algumas desilusões lá para as bandas dos azuis. Eis as razões pelas quais creio o FCP ter baqueado na 1ª parte e o Sporting ter estado claramente por cima nesta etapa do jogo:

- que o meio campo do Sporting teria superioridade numérica no miolo era esperado (4 elementos para 3), face ao figurino táctico das duas equipas. Esta era uma desvantagem que os portistas teriam que combater, quanto a mim, através de um superior aproveitamento das alas, tomando máximo proveito da capacidade individual de Quaresma e Alan (se este a tivesse…) e de uma transição rápida defesa-ataque que não permitisse uma eficaz compensação defensiva por parte dos sportinguistas. Ora, isto aconteceu... nos primeiros 10 minutos…

- depois surge, quanto a mim, a grande brecha defensiva deste Porto (e que já se havia notado contra o Benfica há uns tempos), e que passa, naturalmente, pelo seu lado direito. Fucile é claramente um mau defensor, não há grandes dúvidas disso. Depois, teve constante falta de apoio, devido à vocação menos defensiva dos seus colegas de “flanco”, principalmente quando era Quaresma que pisava o lado dextro do ataque (este raramente vinha cá atrás ajudar, seja por iniciativa própria seja por instruções vindas do banco, visando o contra-ataque). Por outro lado, Lucho estava sempre demasiado longe (eventualmente mais encarregado de organizar o jogo atacante??) e Paulo Assunção ocupado com a faixa central (e, convenhamos, bem longe do nível exibicional que lhe víramos em Londres). O Sporting foi rápido a perceber isso e logo na sua primeira jogada de ataque fez antever o que se veio a passar durante o resto da 1ª parte: Nani rouba a bola e tem uma avenida para explorar, endossa a Alecsandro que permite grande intervenção de Helton (estou claramente convencido que tivéssemos Liedson e a equipa leonina já teria ido para o descanso em vantagem…). No 1x1 Nani (excelente exibição) levou sempre vantagem, e com frequência víamos também Djaló e Romagnoli (muito boa a primeira parte também) a caírem naquele lado, deixando o lateral uruguaio claramente desamparado. As estatísticas creio que não devem mentir.

- foi confrangedora a escassez de volume atacante do Porto nesta primeira metade. Passados os tais minutos iniciais, rapidamente o bem organizado meio campo leonino se impôs, ganhando sempre a primeira e a segunda bolas, por contra ponto a uma gritante falta de agressividade dos jogadores azuis e brancos. Valiam as torres da defesa, os mais certos por esta altura.

Na 2ª parte, Jesualdo mudou a estratégia, fazendo entrar Postiga e passando a equipa para o tal 4-4-2 em losango "da moda". Aí sim, as duas equipas encaixaram (finalmente via-se Lucho a dar uma preciosa ajuda a Fucile sobre a direita), ficando o FC Porto com alguma superioridade que todavia não foi traduzida em golos.

O resto resume-se em poucas palavras. O Sporting aproveitou com mérito uma bola parada (grande execução de Tello), numa altura em que até nem tinha o sinal mais, mas rentabilizando uma exibição segura, mormente na primeira parte, e coadjuvada na segunda, numa altura em que era preciso claramente segurar o resultado. Claro que para isto contribuiu e muito a franca desinspiração de Quaresma (chega a ser desesperante ver como o FCP, em alturas mais desesperadas, se limita a passar a bola ao “cigano” e esperar que ele resolva), demasiado individualista e displicente. De resto Helton, com maior ou menor dificuldade, ainda evitou o avolumar de uma vitória, quanto a mim, claramente justa.

sábado, 17 de março de 2007

Futebol Paixão


Estive a ver um dos melhores jogos do ano, servido como aperitivo antes do Benfica-PSG desta quinta feira.
O Shakhtar-Sevilha foi um hino à paixão pelo futebol. Teve de tudo, rodos de emoção, grandes intérpretes, golos fabulosos e um drama arrepiante digno de um grande palco europeu.
Sinceramente apeteceu-me ser adepto do Sevilha para sofrer por amor clubístico e ver um dos encontros mais apaixonantes dos últimos tempos. Como adepto fervoroso de Futebol com F grande, não me apetece fazer grandes ensaios sobre táctica, protagonistas, ou incidências deixo-vos apenas com esta sintese muito bem elaborada que para mim diz tudo.

Pois se os treinadores de bancada gostam de dissecar encontros racionalizando assim o futebol, são momentos como os que aqui aparecem que compôem a vertente emotiva de cada jogo.

A cabeçada de Palop no 4º minuto de descontos levando o jogo a prolongamento, o golo à "Iguita" de Matusalem, mais uma assistência de Daniel Alves, e o golo decisivo de Chevanton que apesar de apenas ter um golo em La Liga, precisamente ao Real Madrid, já leva 4 nas competições europeias, são os condimentos de uma paixão bem mediterrânea pelo desporto-rei.

Se hoje em dia, são as tácticas que ganham os jogos, são momentos como estes que ganham os adeptos!

sexta-feira, 16 de março de 2007

A ter debaixo de olho!

Sábado

Schalke 04 vs Estugarda

Domingo

PSV vs Ajax

Fiorentina vs Roma

Everton vs Arsenal

Saragoça vs Atlético de Madrid


Segunda-feira

Tottenham vs Chelsea

A não perder!

FC Porto vs Sporting CP

Sábado 20h30
Sport Tv 1

segunda-feira, 12 de março de 2007

O Momento do fim de semana

O Terceiro golo de Messi. As grandes estrelas fazem-se de momentos fantásticos, Messi já tinha alguns e agora pode juntar mais um, o terceiro golo ao Real Madrid que deu o empate ao Barcelona. Foi um momento fantástico, pleno de velocidade, de intenção e coroado por um remate indefensável. A beleza do golo é “agravada” por três factores:

- Porque foi o golo do empate de um jogo carregado de simbolismo.

- Porque foi marcado aos 90 minutos (não era suposto Messi ter aquela velocidade vertiginosa no final de um jogo disputado a um ritmo elevado).

- Porque foi o golo do Hat-trick. Do Hat-trick num Barcelona vs Real Madrid!

Acontecimento do fim de semana


O Barcelona vs Real Madrid, um dos melhores jogos desta época. Teve todos os ingredientes dos grandes espectáculos futebolísticos, golos (muitos), polémica, e muito futebol de ataque. Os mais pragmáticos com Johan Cruyff dizem que esse grande espectáculo foi baseado em organizações defensivas ineficientes de ambas as equipas, os mais optimistas falam de uma superação dos ataques sobre as defesas, com Messi e Guti a criar imensas dificuldades as defesas adversárias. Eu digo que o futebol é espectáculo e isso não faltou. Grandes golos (principalmente o ultimo de Messi), enormes defesas de ambos os guarda-redes, enfim o necessário para que as pessoas encham os estádios. Quanto a mim o único senão do Clássico vizinho foi a saída prematura do Eto’o.

Equipa do Fim de Semana

domingo, 11 de março de 2007

O sucessor de Gago


No Boca Juniors já existe um sucessor de Gago. Chama-se Ever Banega tem 19 anos (174cm, 71kg) e já comanda o meio campo do Boca juntamente com Riquelme. Banega só se estreou com a camisola do emblema Argentino em Fevereiro deste ano, mas quem o observa a jogar nota que possui a tranquilidade dos grandes talentos.

Ocupa a posição de médio defensivo de transição e todo o jogo da equipa passa pelos seus pés antes de ser entregue ao “patrão” Riquelme para este definir o jogo ofensivo. Banega tem uma soberba qualidade de passe, jogando constantemente com 1 ou 2 toques, fazendo assim o jogo fluir eficientemente, no entanto é capaz de arrancar verticalmente com a bola criando desequilíbrios ofensivos. É um jogador que nunca esta parado, procurando oferecer sempre uma linha de passe aos seus colegas. Apresenta uma excelente leitura de jogo quer ofensivo, sobretudo na 1ª transição, quer defensivo, compensando eficazmente a subida dos defesas laterais e centrais. É um daqueles jogadores que já vem com a sabedoria táctica incorporada.

Apesar de não ter uma forte estatura apresenta um bom poder de choque, lutando por cada bola disputada. Não é um jogador que jogue em esforço, tudo o que faz dentro de campo é feito com uma beleza eficiente.

Ele também comanda o meio campo da selecção sub 20 da Argentina que conquistou o 2º lugar no último campeonato Sul-americano de sub 20, tendo logo chamado a atenção dos diversos olheiros presentes no torneio.

Tem de continuar a evoluir no campeonato Argentino antes de pensar em outros voos mas parece apresentar potencial para pisar os relvados do velho continente. É um jogador que demonstra uma grande personalidade dentro de campo e uma natural clarividência, que coloca em cada jogada em que se envolve.

sexta-feira, 9 de março de 2007

A ter debaixo de olho!

Domingo


Estudiantes LP vs Boca Juniors

Celtic vs Rangers

Chelsea vs Tottenham

Bayern Munich vs Werder Bremen

Santos vs São Paulo

River Plate vs Arsenal Sarandí

A não perder!

Sábado

Barcelona vs Real Madrid

Sport tv 2, 21h



Domingo

Inter vs AC Milan

Sport tv 1, 14h

Equipa ideal 1/8 de final da Champions



quinta-feira, 8 de março de 2007

Eu tenho de regressar - Larsson

O sueco Henrik Larsson regressa ao Helsingborg dia 12 de Março, data em que o seu empréstimo ao Manchester United termina.

“Foi uma excelente experiência mas sempre dissemos que 12 de Março seria a data da minha saída” disse o sueco. “A época na Suécia começa no dia 1 de Abril o que não lhes dá muito tempo para conseguirem um avançado que possa substituir-me”. “Tenho muito orgulho de ter feito parte desta equipa mas infelizmente eu vou para casa”.

Sir Alex Ferguson por sua vez agradeceu toda a dedicação e profissionalismo da antiga estrela do Celtic revelando que respeitava a decisão de Larsson regressar ao Helsinborg mas que faria qualquer coisa para que ele pode-se ficar em Old Trafford. O treinador do United lamentou ainda que no espaço de uma semana tenha perdido por lesão Saha (pelo menos 4semanas), Mikael Silvestre (luxação do ombro), Ole Gunnar Solskjaer (até 31 de Março), Darren Fletcher (2 meses) e o já mencionado Larsson que regressa ao seu país natal na próxima semana. Muitas baixas numa altura da época em que é cada vez mais importante as equipas estarem no seu melhor pois aproximam-se jogos decisivos para a FA Cup, Liga dos Campeões e Premier League.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Champions League


Apurados para os ¼ de final:

AC Milan (Itália)
Bayern Munich (Alemanha)
Chelsea (Inglaterra)
Liverpool (Inglaterra)
Manchester United (Inglaterra)
PSV (Holanda)
Roma (Itália)
Valência (Espanha)


Pontos positivos para:

- Valência porque conseguiu eliminar o Inter, somente a equipa mais regular de todos os campeonatos europeus com 24 jogos sem perder. Também porque foi a única equipa espanhola a resistir ao 1/8 de final.

- Koeman que voltou a repetir a gracinha de eliminar um dos finalistas da edição anterior da Champions depois de no ano passado no comando do Benfica ter eliminado o Liverpool este ano eliminou igualmente o favorito Arsenal, também em Inglaterra, provando ser um dos bons treinadores da Europa.

- Liverpool vs Barcelona depois do belo espectáculo que ambas as equipas proporcionaram em Nou Camp voltaram-no a fazer agora em Anfield Road tendo sido muito provavelmente a melhor eliminatória dos 1/8 de final.


- Alessandro Mancini (AS Roma) pelo fantástico golo que marcou ao Lyon, melhor momento dos 1/8 da Champions.


Pontos Negativos para:

- Chelsea vs Porto um mau jogo de futebol, nenhuma das duas equipas conseguiram colocar sobre o relvado o seu futebol.

- Alexander Hleb cometeu uma falta estúpida junto a bandeirola de canto que muito provavelmente custou o apuramento ao Arsenal.

- Valência vs Inter pela violência após o final de jogo.

- Lyon porque ainda não foi desta que deu continuidade a excelente primeira fase de qualificação.


A Promessa - El Mago

Existe um novo craque a explodir no futebol Brasileiro, mas desta vez trata-se de um chileno, nascido na Venezuela. Chama-se Jorge Luis Valdivia Toro mas é conhecido por El Mago, cognome justificado pela magia que coloca em cada jogada. Começou a sua carreira nas camadas jovens do Colo Colo do Chile destacando-se logo pela sua imensa habilidade e personalidade forte. Em 2003 o Colo Colo optou por emprestar o jogador à Universidad de Concepción tornando-se imediatamente uma das maiores figuras do campeonato chileno desse ano. Foi nesta temporada, destacando-se pela destreza e talento, que ganhou na imprensa o apelido de El Mago. Este sucesso imediato levou-o a transferir-se para o Rayo Vallecano da Espanha (Janeiro de 2004), e de lá para o Servette da Suíça (Junho de 2004). Tornou-se o principal jogador da equipe Suiça até está ter entrado em falência. Em Janeiro de 2005 voltou ao Colo Colo, clube pelo qual nunca tinha vestido a camisola da equipa principal. Jogando pelo emblema Chileno, Valdivia firmou-se definitivamente como o principal craque nacional a par de Matias Fernandez seu companheiro de equipa no Colo Colo e agora a representar o Villareal de Espanha. El Mago tornou-se titular indiscutível da Selecção Chilena, e principal jogador da equipa, que conquistou o Torneio Abertura de 2006. Logo após a conquista, foi vendido em definitivo ao Palmeiras clube onde actualmente actua.

FICHA

Idade: 23
Peso: 71kg
Altura: 173cm
Esquerdino



PERFIL
É um desses raros jogadores que nasceu para ter uma empatia natural com os adeptos, é empolgante a sua forma de jogar, sabe bem que apenas existe um verdadeiro caminho no futebol e esse caminho é em direcção à baliza adversária.
Valdivia é um jogador que não se intimida, que não receia pegar na bola e ir para cima dos adversários com as suas fintas imprevisíveis fazendo isso em velocidade, rasgando uma defesa com uma arrancada, espalhando de imediato o pânico tal é a dificuldade em tirar-lhe a bola sem recorrer à falta. Tem um controle extraordinário do esférico quer em progressão, quer na recepção. É um jogador que pega no jogo da equipa, não se esconde atrás das dificuldades, assume a sua responsabilidade dentro de campo. “No Campo quero ser um jogador livre, um inventor de jogadas”. Possui um excelente remate de media distância, sendo igualmente um excelente executante de bolas paradas.
Joga preferencialmente com médio ofensivo mas quanto a mim a posição onde mais rende é a de avançado móvel, jogando ao lado de um avançado com mais capacidade física. El Mago também tem defeitos, um deles é a sua falta de frieza na concretização, isso é agravado pelo facto de ter uma imensa facilidade em criar oportunidades de golo pois tem um drible curto fantástico dentro da área, sendo capaz de criar espaço facilmente para o remate. Se conseguir corrigir o aspecto da finalização o chileno tem tudo para ser um jogador de topo na Europa, possui uma excelente capacidade em proteger a bola e é capaz de lidar com defesas muito físicas pois tem um bom poder de choque. “Os bons jogadores destacam-se porque se adaptam as circunstancias que existem em cada jogo”. Apresenta ainda uma qualidade e timing no último passe muito acima da média, o que o torna num jogador que faz inúmeras assistências. Apresenta um ritmo muito alto, gosta de estar sempre em jogo, mais próximo do ritmo do futebol Europeu do que do futebol Sul-americano. Ele é acima de tudo um jogador especial, os seus adversários, companheiros, adeptos, treinadores percebem isso mal El Mago toca na bola e ela responde-lhe com a ternura que só se tem com alguém intimo, levando-o a criar “pequenas” genialidades pelo simples prazer de jogar com beleza. É um jogador semelhante ao “nosso” Miccoli tanto no seu futebol, como fisicamente mas sobretudo no carisma comum a todos os mágicos da bola, “apenas” sem o poder de finalização deste. É um jogador que faz falta ao futebol Europeu, cada vez mais sedento destes atletas que destroem com o seu talento as construções defensivas cada vez mais elaboradas.

domingo, 4 de março de 2007

Notas do sábado futebolístico

Liverpool x Man Utd

- A grande forma de Ronaldo, a força, a pujança, a moral, a personalidade, que o definem por esta altura, certamente, como um dos melhores, senão o melhor jogador do planeta.
- Jamie Carragher, quanto a mim o MVP da partida, ficando na retina aquele fantástico duplo corte após a cavalgada de Cristiano no final da primeira parte.
- O exagero que é o jogo directo do Liverpool, em que os ataques acabam invariavelmente por terminar em cruzamentos para a área, independentemente da presença ou não do gigante Crouch (o melhor período da equipa foi precisamente o início da segunda parte da contenda, quando estes apostaram mais nas incursões de Kuyt e Bellamy… porque não aproveitar melhor a qualidade destes avançados?)
- A estrelinha de campeão dos Red Devils, com dois jogos seguidos a ganhar nos descontos, depois de 2as partes de assédio atacante por parte dos respectivos adversários, alguém acredita em coincidências? A Premiership parece já estar entregue.

Portsmouth x Chelsea

- Drogba, pura classe…a forma como finaliza o lance do primeiro golo não está ao alcance de todos
- O cinismo dos londrinos: parece finalmente estar de volta o velho Chelsea de Mourinho, apesar de ainda necessitar de alguns pequenos retoques (que o regresso de Terry em pleno, quanto a mim, acrescentará). Seguro e eficaz. Como já o havia demonstrado no fim-de-semana passado. A coesão defensiva ainda não está devidamente afinada, é um facto, mas a “máquina” já se encontra mais calibrada do meio campo para a frente, destacando-se o elevado sentido posicional do trio centro-campista. Enquanto teve pilhas, o jogo foi sendo controlado (não esqueçamos a grande época que o Portsmouth está a realizar…). Depois Robben acrescenta aquela ponta de imprevisibilidade que faltava…
- Petr Cech. Quando tudo o resto falhou e o empate parecia inevitável, mostrou os seus dotes e segurou o resultado com duas defesas extraordinárias. O chamado “fazer a diferença”.

Porto x Braga

- Adriano, a regressar à titularidade, e em boa forma. Seguramente com Postiga os azuis não tinham chegado naquela jogada ao golo.
- A importância do triângulo de meio campo do FCP na dinâmica da equipa, tanto defensiva como ofensivamente. Na 1ª vez que vi quebrar este triângulo em termos de marcações, na primeira parte (desequilíbrio promovido por Zé Carlos, que deambulou da esquerda para o centro, tirando de uma vez só Lucho e Assunção da jogada), o Braga criou uma grande oportunidade de golo, após remate de Frechaut. “Zé do gol” falhou quase escandalosamente a recarga… Quando em posse de bola, é notório o alargamento deste mesmo triângulo, de Raul Meireles mais sobre a esquerda e Lucho sobre a direita, para que quando a bola mal chegue aos pés de um destes (directamente da defesa ou então de Assunção), circule o mais rapidamente possível em direcção ao extremo (principalmente Quaresma), promovendo a tal rapidez na transição defesa-ataque tão do agrado de Jesualdo e grande virtude deste FC Porto. É desta maneira que a equipa mais facilmente tem chegado ao golo. Na 2ª parte, com Meireles a abusar das investidas sobre a esquerda, Lucho limitado (e mais tarde a sair) e Assunção obrigado a recuar, perdeu-se notoriamente esta dinâmica, e com isso, grande parte da capacidade de ataque da equipa.
- Rodriguez. É melhor ficarmos atentos à evolução deste peruano. Pela amostra deste jogo, temos aqui um excelente defesa central.

Sevilha x Barça

- Excelente espectáculo de futebol. Teve de tudo um pouco: golos, emoção, expulsões, penaltys, reviravolta no marcador, grandes exibições…
- A falta de controlo (emocional e não só) deste Barcelona. A ganhar 1-0 em casa do 2º classificado, com um jogador a mais e um penalty a favor já no fecho da 1ª parte, tendo como principal virtude a gestão da posse de bola, caberia na cabeça de alguém que os catalães fossem perder este jogo? Algo anda mal, e o problema só pode vir de dentro… Dois jogadores expulsos (apesar do exagero que foi a decisão do árbitro em relação a Giuly), um por (suposta) agressão e outro por protestos acaba por ter o seu significado…Nem Ronaldinho se safou…
- A diferença de agressividade entre as duas equipas. É por aqui que se começa a definir o porquê deste primeiro lugar do Sevilha…
- Rykaard, pela negativa. O primeiro a deitar a toalha ao chão. Veremos se valeu a pena poupar as estrelas no jogo contra o (até agora, só) segundo classificado.
-Daniel Alves, pela positiva. Rápido, agressivo, talentoso, bom rematador…enfim…Cansa só de ver jogar este excelente defesa/médio direito. Haverá melhor por essa Europa fora? Não creio. É certamente jogador para encetar mais altos voos. Mas que grande jogatana ontem…


“Espreitei” ainda três jogos, todos eles de vitórias relativamente esperadas. A do Inter em Livorno (e o passeio continua), do Lyon em St Etiene e a do Benfica em Vila das Aves. A reter o calcanhar de Ibrahimovic no 1º golo milanista e a fantástica execução de Tiago na chapelada monumental que deu origem ao 2º tento do Lyon. Para ver e rever…

O deslumbramento

Ontem foi dia de Benfica-Aves.
Não que fosse grande derby, na mesma hora jogavam Sevilha e Barcelona num bem mais apetecível encontro, mas deixo essa análise para os meus companheiros de equipa.
Não compreendo se o encontro com a careca mais luzidia do campeonato português toldou as ideias ao mister Fernando Santos, mas o Benfica realizou uma das exibições mais fracas dos últimos tempos arrancando um triunfo a ferros onde não seria previsivel.

A análise:

O Benfica começa o encontro recuando Katsouranis para central, incorporando o Derlei no meio campo. A confiança no central de reserva será assim tão pouca?
Kat, fruto de uma enorme cultura táctica e qualidade individual não sentiu grande dificuldade a jogar a central, Derlei no entanto, a meio campo foi um jogador esforçado mas inconsequente. Derlei não tem aquilo que se exige a um médio moderno: pressing defensivo, compensações e contemporização. A sua incorporação a meio campo resultou num jogador que não sabia efectuar um pressing eficaz sucumbindo à tentação em correr atrás do jogador contrário que tinha a bola em vez de cortar linhas de passe e impedir a progressão vertival, não conseguiu compensar os desiquilibrios atacantes quando os laterais ou karagounis avançava no terreno, e não soube definir os tempos de ataque da equipa. Perdeu-se assim um médio defensivo eficaz e mais importante perdeu-se um médio de transição. Não surpreendeu portanto a ineficácia atacante do Benfica e o constante recurso a passes longos solicitando os avançados.
Foi constangedor ver, após uma recuperação de bola, Kat avançar de cabeça erguida como sempre faz temporizando o jogo ofensivo, largando a bola contra natura para os jogadores do meio campo devido à sua posição recuada. No meio campo estava Petit, jogador importante na recuperação e compensações defensivas mas que não sabe definir a transição defesa-ataque, Karagounis que é um excelente organizador mas que não é capaz de progredir com a bola sendo um jogador de definição em espaços curtos por excelência e por último Derlei que não tem cultura táctica para fazer as transições. Na frente Simão não recebia a bola em condições por isso não brilhava, também não queria recuar recuar em demasia para vir buscar jogo porque depois faltava lá à frente. Nuno Gomes e Miccoli eram presas fáceis para um Aves bem organizado defensivamente que sobrepovoava o centro, pressionando o meio campo q.b. para que este já de si deficitário não funcionasse.
Na segunda parte Derlei alarga a frente de ataque saindo por fim do meio campo, vai para a direita, Simão para a esquerda, ficando o meio campo mais composto. Petit recua ligeiramente para tarefas mais defensivas, Karagounis encarrega-se da transição. Resulta parcialmente, o Benfica marca. Petit compensa a defensiva, Nélson sente-se mais à vontade avança, ganha a linha e assiste Nuno Gomes. O Aves joga com 10 e o Benfica gere o resultado. Essa gestão é mal feita, porque novamente não há ninguém que controle tacticamente o jogo e defina os tempos de ataque e de defesa. Um mau jogo de futebol arrasta-se até ao final com o Aves ciente que fez o encontro possível mas continua a não justificar por tão perdulário a permanência no primeiro escalão.
Fernando Santos não compreende que para ter 3 jogadores no meio campo é fundamental não só ter lá 3 jogadores mas sim que um deles possua um conhecimento intrínseco de táctica e da leitura do jogo para orquestrar a velocidade e o formato das transições atacantes. Ganhou, pode ser bestial, mas se ele próprio reconhece a fraca exibição será altura de pensar que a melhor maneira de atacar não é definida pelos atacantes, mas sim por uma linha média capaz de saber o que fazer, com e sem bola.

quinta-feira, 1 de março de 2007

A ter debaixo de olho!

CSKA de Moscovo v Spartak de Moscovo

As duas melhores equipas do futebol Russo encontram-se para disputarem a final da super taça daquele país.

Sábado 13h00

FC Porto v Sporting de Braga

O primeiro e o quarto classificado da Liga Portuguesa vão-se defrontar este sábado, num jogo marcado essencialmente pelo regresso de uma dupla de centrais, Jorge Costa e Aloíso, que deram muitas alegrias aos adeptos azuis e brancos, voltando agora ao Dragão como treinadores do Sporting de Braga.

Sábado 19h15, Sport Tv1

Olympiacos v Panathinaikos

Maior derby Helénico, que coloca frente a frente duas das mais fanáticas claques do futebol Mundial. Apesar da Equipa do Olympiacos dominar o campeonato grego com 11 pontos de vantagem sobre o Panathinaikos, o interesse para este jogo mantém-se por se tratar de um dos mais carismáticos clássicos do futebol.

Domingo 17h00

Corinthians v Palmeiras

Talvez o maior derby da cidade de São Paulo. No campeonato Paulista as duas equipas estão a defraudar expectativas umas vez que se encontram com o mesmo numero de pontos no meio da tabela, a 9 pontos do líder Santos. As equipas procuram o ponto de viragem nos maus resultados, sendo este jogo o ideal para isso, pois o vencedor ficara com muita moral para a restante época conquistando de novo o apoio dos adeptos.

Domingo 19h00

A não perder!

Liverpool v Manchester United

Um dos maiores clássicos do campeonato Inglês, que não perde importância por estas duas equipas se encontrarem separadas na classificação por 16 pontos. O Manchester vai atravessar um teste decisivo rumo ao titulo, frente a um Liverpool que jogando em casa vai tentar complicar a vida a um rival de sempre. Outros dos aliciantes para este jogo é a estatística, os de Liverpool ainda não perderam em Anfield Road esta época para a Premier League, tendo sofrido apenas 3 golos. Por seu lado Cristiano Ronaldo e companheiros são o ataque mais eficiente fora de casa.

Sábado 12h45, Sport Tv 1.

Sevilha v Barcelona

Provavelmente os dois mais sérios concorrentes ao título espanhol vão se encontrar este sábado em Sevilha. Separados por apenas 2 pontos na La Liga, o Sevilha em casa vai fazer o tudo por tudo para ganhar e assim passar a liderar o campeonato do país vizinho. O Barcelona parece estar numa fase de crescimento na qualidade de futebol praticado e nos resultados obtidos. Fora de casa os pupilos de Frank Rijkaard têm feito uma época muito abaixo do esperado, tendo ganho apenas 4 dos 12 jogos fora de Nou Camp, mas a verdade é que agora o Barcelona já pode contar com toda a artilharia pesada, com o regresso de Messi e sobretudo Samuel Eto´o e ainda com a “volta” do espicaçado Ronaldinho, que dá sinais de estar a voltar aos seus melhores momentos. A equipa do Sevilha conta para este jogo com o melhor marcador do campeonato espanhol e líder dos melhores marcadores da Europa Frédéric Kanouté (18 golos), conta ainda com o apoio do seu público. Os andaluzes em casa têm 9 vitórias em 11 jogos tendo perdido apenas 1 vez.

Sábado 21h00, Sport Tv 2.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

ronaldinho vs bilbao (25/02/07)

Nada melhor do que isto para calar as criticas, Ronaldinho no seu melhor. Chamaram-lhe gordo e ele no jogo seguinte mostrou a todos que tinha mesmo peso a mais…de talento. Continua a ser o melhor do Mundo pelo simples facto de ser o único a conseguir fazer algo deste género.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

"Sobrecarga Competitíva"


É corrente, se não comum, ver treinadores, jogadores, e até jornalistas atribuírem o cansaço das equipas Portuguesas que disputam competições internacionais à sobrecarga de jogos.
Recentemente Fernando Santos, veio a público justificar o cansaço dos seus jogadores através da sobrecarga competitiva que atravessavam. Sobre este assunto, no jogo Benfica vs Nacional, vários comentadores durante o jogo, quer na rádio quer na tv, relatavam o cansaço da equipa encarnada. Se retrocedermos no tempo, Paulo Bento, referia essa mesma sobrecarga como razão explicativa da rotatividade do plantel, rotatividade essa que estranhamente (ou talvez não) não só não produziu resultados, como desgastou jogadores chave que hoje em dia parecem sombras daquilo que exibiram há pouco tempo atrás (caso de Moutinho, p.e.).
Esta atitude prova, no meu ponto de vista, o completo amadorismo e autismo do futebol nacional.
Vamos a factos:

1. O campeonato Português compõe-se de 16 equipas. Internamente os clubes disputam 2 competições internas. Tal configuração permite que os jogos ocorram intervalados por uma semana durante a maior parte da época, assim como permite pausas de quase um mês durante o Natal. No máximo as equipas disputarão 3 competições.
2. A Premier League tem 20 equipas, coexistindo 3 competições internas. A maior parte da época é composta por jogos bisemanais, repartidos entre as diferentes competições. Paralelamente várias equipas Inglesas disputam ainda competições europeias. Não existem pausas competitivas significativas.
3. O Calcio (20 equipas, 2 competições internas), a La Liga (20 equipas, 2 competições internas), a La Ligue (20 equipas, 3 competições internas), a Bundesliga (18 equipas, 2 competições internas) são outros exemplos de maior ritmo competitivo.

Perante isto, não se pode afirmar em boa verdade, que a nossa Liga é exigente em termos de calendário e muito menos em termos de competição! Argumentar-se-á que será da rotatividade dos plantéis, outra vez os factos desmentirão essa realidade:

1. No Chelsea, Lampard fez 40 jogos como titular esta época, marcando 17 golos, Essien fez 42 jogos também como titular, marcando 4 golos. Nesta mesma equipa, Ricardo Carvalho, Ballack, Makelele, Shevchenko, Drogba todos eles superam os 30 jogos,. Mesmo John Terry, frequentemente lesionado, acumula 27 jogos, quase tanto como uma Liga Portuguesa completa…

2. Arsenal (mesmo que hoje procedesse a alterações), Fabregas (37), Gilberto Silva (34), Lehman (32), , Hleb (29), Rosicky (26) todos com perto ou excedendo os 30 jogos. Manchester Utd, Ferdinand (34), Carrick (30), C. Ronaldo (33), Rooney (33), Van Der Sar (32) e a lista continua…

3. Noutros campeonatos, Ibrahimovic (37), Pizarro (38), Kaká (43!), Deco (51!!!), Cannavaro (44), Daniel Alves (34) e a lista poderia continuar.

Outros dados poderiam ser analisados, mas o essencial creio que está provado. Não me parece crível que a tal “sobrecarga competitiva” seja factor preponderante do menor rendimento físico das equipas Portuguesas nas competições em que estão envolvidas. Tal afirmação é tão menos crível quanto mais nos apercebemos da intensidade competitiva destes campeonatos, o que sustenta a minha afirmação anterior acerca do autismo do futebol nacional.

Como explicar então o menor rendimento físico dos nossos jogadores, cuja validade apenas parece ser confirmada dentro de portas, já que quando os mesmos são “transplantados” para outros campeonatos parecem dar boa conta do recado?

Quanto a mim, é tudo uma questão de amadorismo e qualidade. Um conceito emerge directamente do esforço, a saber, a intensidade do jogo. Noutros campeonatos, onde a qualidade dos intérpretes e da equipa técnica é claramente superior, a intensidade do jogo é controlada tacticamente, com a ocupação do espaço vazio, enquanto que em Portugal, se corre ainda muito atrás da bola.

A análise efectuada no parágrafo anterior é transversal ao espectro de equipas que compõem uma liga. Independentemente de a equipa defender e pressionar em bloco médio, médio-baixo, ou médio-alto, devido à sua qualidade e desenho táctico, a defesa é predominantemente zonal, controladora do espaço e das progressões longitudinais, a saída para o ataque é simplesmente um prolongamento da ocupação defensiva, sabendo as equipas desdobrar-se consistentemente. Um dos melhores exemplos é o Chelsea de Mourinho. O controlo que o Chelsea tem dos jogos, não se resume à sua posse, mas sim à sua gestão, a equipa sabe o que fazer com e sem bola, controlando o ritmo e a velocidade de modo a controlar os aspectos supracitados. Mais uma vez os factos, se considerarmos os principais momentos chave (10’ finais da 1ª e 2ª parte, e os 10’ iniciais da 2ª parte) verificamos que o Chelsea marcou, 50,7% dos seus golos em todas as competições, ou seja tantos quantos marcaria nos restantes 2/3 do jogo! A análise per si não é significativa, mas a sua interpretação tendencial pode ser, revela uma equipa que sabe que ao longo de uma época desgastante o mais importante é modular a intensidade do jogo fazendo-o variar por períodos de modo a influenciar o ritmo de jogo e a posse de bola, discernindo os momentos próprios de cada jogo onde se deve jogar para marcar, ou apenas para descansar, com ou sem bola.

As nossas equipas encontram-se cansadas não pela quantidade de jogos, mas sim pela intensidade de cada um deles. Porque não sabem modular a intensidade, ou controlar o jogo com ou sem bola, a ocupação dos espaços é anárquica e a segurança defensiva um desastre. Em sentido lato, as equipas Portuguesas quando querem ganhar, preocupam-se em marcar uma grande quantidade de golos o mais depressa possível para depois descansar, baixando o ritmo de jogo. Quando não querem perder, preocupam-se em entregar o controlo do ritmo ao adversário para depois especular a posse de bola em corridas e pontapé para a frente, sem conseguirem descansar. Com esta abordagem ao jogo, os jogadores correm atrás da bola, tacticamente as movimentações da equipa são desconexas obrigando a um maior esforço individual e colectivo.

Por isso se aconselha, antes de se queixarem da dita “sobrecarga competitiva” preocupem-se em educar os jogadores que a sua principal preocupação deverá ser não só marcar golo, mas mais importante, o que fazer com e sem bola. Os golos surgirão como consequência, como ocorrem noutras equipas que, embora sujeitas a muito maior desgaste, não é por isso que deixam de jogar bom futebol e conquistar títulos!

N.A.- apenas foram considerados os jogos em que os jogadores referidos foram titulares.

Beira-Mar x FCP


A história do jogo conta-se em poucas penadas. A entrar com um ritmo lento, o FCP deparou-se com um Beira-Mar com relativa boa organização nomeadamente a nível de meio-campo (o dito "sobrepovoamento"), que emperrava a primeira fase de construção portista, mas que deixava demasiados espaços nas costas para as investidas de Quaresma e companhia. As fragilidades defensivas dos aveirenses e a excelente execução daquela bola parada aos 17' permitiram a Lisandro inaugurar o marcador, estreando-se o argentino este ano na marcação de golos com o peito.


A segunda parte não foi mais do que o desmoronar progressivo da confiança do Beira-Mar (não me lembro de nenhuma oportunidade de golo), exacerbada também a partir do momento em que Jesualdo percebeu que Postiga era um elemento a mais, trocando-o por um muito mais efectivo Adriano (alguém percebeu porque o queriam mandar embora em Dezembro?). Raúl Meireles ainda foi a tempo de arrecadar um galináceo de Eduardo, Alan e Pepe aproveitaram a generosidade do compatriota, o primeiro ao marcar após assistência, o segundo ao cavar uma grande penalidade para este (justamente) concretizar.

Mais algumas notas:
1. a moral de Quaresma e de Lisandro – o “cigano”, na ausência de Anderson, assume-se como o grande fantasista da equipa, constrói, oferece, diverte, e mesmo às vezes insistindo no individualismo sabe empurrar a equipa para a frente; o argentino atravessa apreciável momento de forma, essencialmente física, o que vem mesmo a calhar na “ausência” de Postiga...
2. o aparente cansaço de Lucho, que mesmo marcando não consegue esconder alguma fadiga, falhando por vezes nas compensações defensivas ou nas transições mais rápidas (independentemente disso, a classe está sempre lá).
3. a também aparentemente inevitável descida de divisão deste Beira-Mar, que valha a verdade, mostra demasiadas fragilidades para estar na 1.a Liga. São demasiadas entradas novas, demasiadas mudanças, demasiada falta de planeamento. Alguns jogadores interessantes, é verdade (este Edgar, recente campeão sul-americano sub-20, se perder aquela estranha mania de se encavalitar nas costas do adversário directo, parece ter potencial), mas perdidos no meio de tanta desorganização…

Acontecimento do fim de semana


A vitória do Chelsea na final da Taça da Liga de Inglaterra por 2 -1 frente ao Arsenal. Drogba foi mais uma vez decisivo assinando os dois golos dos Blues. Mourinho conquista assim o seu 11º titulo como treinador de futebol, 5 dos quais ao serviço do clube londrino.

O Momento do fim de semana

A cavalgada de mais de 50 metros de Cristiano Ronaldo que acabou em golo, ainda mais importante do que a beleza da jogada, foi tratar-se do golo da vitória do Manchester United frente ao Fulham por 2 -1. Ronaldo resolveu assim um jogo que estava a ser dos mais difíceis que o Manchester teve em toda a época na Premier, tendo o Fulham criado varias oportunidades para poder fazer o 2 – 1 mas não foram capazes de concretizar. A importância desta vitória foi bem visível pelos festejos do Sir Alex Ferguson, equipa técnica e jogadores no final do encontro, os Reds perceberam que ganharam um jogo importante e que o titulo está mais perto porque agora sentem que a estrelinha dos campeões esta com eles.

Os Reais Problemas

Capello começou por surpreender ao deixar de fora Diarra e ao incluir no seu lugar Emerson, que à muito perdeu margem de manobra quando o Real actua no Santiago Bernabeu frente aos seus adeptos.

Nos primeiros 20 minutos o jogo pertenceu por completo ao Atlético de Madrid, que entrou com mais determinação e melhor organizado. O Real continua com as dificuldades habituais, tendo um início de partida desastroso.

As dificuldades do Real deveram-se à dificuldade dos seus jogadores em igualarem a determinação dos jogadores rivais mas também a aspectos tácticos e de dinâmica quer defensiva quer ofensiva.

A Atlético deveria ter ganho o jogo facilmente uma vez que foi sempre a melhor equipa em campo, mas devido a falta de eficiência na concretização e a má prestação do árbitro o Real conseguiu arrancar um ponto na casa do rival.

O que pretendia Capello:

Capello começou o jogo com a normal linha de 4 defesas.

O meio campo foi ocupado por Emerson, Gago e Guti. Emerson mais fixo no centro e com uma pequena amplitude de movimentos pretendendo o treinador assim dar a segurança necessária a defensiva do Real, Gago era responsável por equilibrar defensivamente o real quer a direita quer a esquerda dando apoio ao lateral, tendo a seu cargo uma grande amplitude de movimentos horizontais defensivos, funcionando como um pivot mais móvel contrabalançando a Emerson mais fixo. Gago era ainda o principal responsável por fazer a primeira transição ofensiva dos merengues, entregando a bola ora a Guti, ora aos extremos. Guti deveria jogar mais avançado no meio campo sendo responsável pela segunda transição ofensiva, com passes nas costas da defesa do Atlético, com passes longos, ou a sair ele mesmo em posse de bola dando tempo a equipa para se organizar ofensivamente.

No ataque jogaram Higuaín no lugar de Nistelrooy mais fixo no centro como ponta de lança, Raul e Reyes mais abertos nas alas. Raul tentando fazer diagonais para centro sempre que partia da direita, Reyes deveria fazer um movimento mais vertical aproveitando teoricamente a junção de Raul a Higuaín no centro criando dificuldades aos centrais adversários, enquanto salgado subia pela direita dando equilíbrio ofensivo ao ataque do Real.

O que pretendia Aguirre:

O atlético jogo também com uma linha de 4 defesas em que os laterais tinham grande liberdade para desenvolver movimentos ofensivos e passando muito por eles a primeira transição ofensiva da equipa do Atlético, onde deveriam entregar a bola ora ao extremo ora a Maniche para efectuarem a segunda transição ofensiva ou ainda darem a bola de forma mais directa a um dos pontas de lança que baixava para receber e virar-se para a baliza criando desequilíbrios pelo meio com o apoio de Maniche ou pelas alas com o apoio do extremo respectivo, obrigando assim a baixar também os extremos do real para defender, perdendo eficácia ofensiva.

O meio campo colchonero actuava no centro com um duplo pivot, Luccin com mais preocupações defensivas e Maniche com mais preocupação de posse de bola, de transições ofensivas e de apoio ao jogador com a bola, criando sempre uma possibilidade de passe ao homem que transportava a bola. Nas alas jogaram Jurado pelo lado esquerdo e Galletti pelo lado direito, a estes jogadores cabia apoiarem defensivamente os laterais e a fazer a segunda transição para o ataque obrigando o trio do meio campo do Real a abrir para apoiar os seus laterais e perdendo assim eficiência no centro do terreno para Maniche e Luccin.

Na frente Aguero e Fernando Torres eram responsáveis por com as suas movimentações arrastar os centrais abrindo espaço para os médios apareceram na zona de finalização, principalmente Maniche e Jurado que deveriam fazer diagonais no sentido vertical entre o lateral e o médio defensivo do Real. Os dois avançados alternavam nas suas funções, quando um fazia o movimento na direcção das alas o outro permanecia mais fixo. Muitas vezes baixavam no terreno fugindo à marcação dos centrais contrários e possibilitando assim terem a bola para se poderem virar para a baliza e criar desequilíbrios uma vez que tanto Aguero como El Ninõ são muito eficientes quer a jogar com os extremos quer a jogar um com o outro.

O que falhou no Real:

A fraca exibição deveu-se sobretudo ao deficiente processo defensivo e a deficiente primeira transição para o ataque.

No aspecto defensivo – Gago não foi capaz de apoiar convenientemente os laterais, deixando muitas vezes estes na situação de 1 para 1 com o extremo adversário o que permitiu que o Atlético criasse varias dificuldades ao Real nos primeiros 20 minutos. Com Gago perdido nos seus movimentos defensivos Emerson ficava praticamente sozinho para Maniche e Luccin uma vez que Guti nunca foi muito eficiente na luta pela posse de bola no centro do terreno, criando-se assim uma superioridade do Atlético no centro apesar de apenas ter dois homens para três do Real. Os extremos do Real também não faziam um acompanhamento eficiente na subida dos laterais do Atlético o que dificultava ainda mais a missão defensiva dos laterais e de Gago, que não conseguia fazer o equilíbrio defensivo pela deficiente movimentação horizontal que efectuava, tendo de recorrer varias vezes à falta, uma vez que chegava sempre atrasado aos lances. O atlético aproveitou esta deficiência e tanto Galletti como Jurado criaram dificuldades à estrutura defensiva do Real. Galletti por ser um extremo puro tinha tendência a fazer os seus movimentos no sentido vertical sempre colado a linha lateral, do outro lado Jurado tinha tendência a movimentar-se em diagonal pisando os terrenos entre o lateral e o médio do Real, e enquanto Gago não acertou no seu movimento Jurado fez o que quis com ampla liberdade, tendo sido o melhor em campo nos primeiros 20 minutos, com o lateral Lopez a aparecer sempre bem no lado esquerdo pelo exterior não permitindo a Salgado fechar no centro a subida de Jurado. Depois dos primeiros 20 minutos quando o atlético já estava a vencer por 1 – 0 gago começou a perceber melhor os movimentos ofensivos do Atlético e o Real ficou mais equilibrado na sua defesa tendo a partir dai o Atlético mais dificuldades em criar desequilíbrios ofensivos. Com a saída de Gago e a entrada de Diarra o Real ganhou mais presença física no meio campo e em alguns momentos tornou-se mais eficiente nos processos defensivos. Com a saída de Galletti e a entrada de Mista no Atlético o Real voltou a ter mais problemas defensivos, pois mista trouxe mais dinamismo ofensivo e mais presença física ao ataque colchonero.

No aspecto ofensivo – a primeira transição para o ataque nunca foi eficiente uma vez que Gago raras vezes foi capaz de sair com posse de bola da sua defesa, isto porque os apoios encontravam-se sempre indisponíveis obrigando Gago a sair sozinho com a bola tornando-se uma presa fácil para a eficiente primeira pressão defensiva do atlético, ganhando assim varias bolas na zona ainda do meio campo do Real, ora porque o Gago tentava sair a jogar sozinho e perdia o bola ora porque tentava um passe difícil e era interceptado, o problema não estava em o gago não jogar fácil, o problema estava em os seus companheiros de equipa não criarem possibilidades para o Gago sair a jogar fácil. Esta dificuldade em fazer a primeira transição fazia com que o real estivesse sempre em dificuldades defensivas. Emerson praticamente nunca procurava a bola, Guti estava muito longe preocupado em fazer a segunda transição ofensiva, o que tornava a vida de Gago muito difícil, acabando por fazer uma péssima exibição quanto a mim sem ter muita culpa.

Os extremos por sua vez encontravam-se muito longe da defesa para dar um apoio conveniente a estrutura defensiva mas ao mesmo tempo encontrava-se muito longe do ataque deixando Higuaín desamparado na frente, tendo este de receber a bola, segurar e esperar que alguém o apoiasse, como esse apoio estava sempre longe acabava por perder a bola em lances individuais. Guti pela sua falta de movimentação e determinação nunca foi um problema para a dupla Luccin/Maniche, tendo estes assim mais liberdade para fazer compensações defensivas sempre que eram necessárias permitindo ao atlético ganhar a bola rapidamente para partir para o ataque. A entrada de Cassano não acrescentou nada ao jogo “excepto” o passe genial que este fez para Higuaín marcar a seu primeiro golo desde que deixou o River Plate.