domingo, 4 de março de 2007

Notas do sábado futebolístico

Liverpool x Man Utd

- A grande forma de Ronaldo, a força, a pujança, a moral, a personalidade, que o definem por esta altura, certamente, como um dos melhores, senão o melhor jogador do planeta.
- Jamie Carragher, quanto a mim o MVP da partida, ficando na retina aquele fantástico duplo corte após a cavalgada de Cristiano no final da primeira parte.
- O exagero que é o jogo directo do Liverpool, em que os ataques acabam invariavelmente por terminar em cruzamentos para a área, independentemente da presença ou não do gigante Crouch (o melhor período da equipa foi precisamente o início da segunda parte da contenda, quando estes apostaram mais nas incursões de Kuyt e Bellamy… porque não aproveitar melhor a qualidade destes avançados?)
- A estrelinha de campeão dos Red Devils, com dois jogos seguidos a ganhar nos descontos, depois de 2as partes de assédio atacante por parte dos respectivos adversários, alguém acredita em coincidências? A Premiership parece já estar entregue.

Portsmouth x Chelsea

- Drogba, pura classe…a forma como finaliza o lance do primeiro golo não está ao alcance de todos
- O cinismo dos londrinos: parece finalmente estar de volta o velho Chelsea de Mourinho, apesar de ainda necessitar de alguns pequenos retoques (que o regresso de Terry em pleno, quanto a mim, acrescentará). Seguro e eficaz. Como já o havia demonstrado no fim-de-semana passado. A coesão defensiva ainda não está devidamente afinada, é um facto, mas a “máquina” já se encontra mais calibrada do meio campo para a frente, destacando-se o elevado sentido posicional do trio centro-campista. Enquanto teve pilhas, o jogo foi sendo controlado (não esqueçamos a grande época que o Portsmouth está a realizar…). Depois Robben acrescenta aquela ponta de imprevisibilidade que faltava…
- Petr Cech. Quando tudo o resto falhou e o empate parecia inevitável, mostrou os seus dotes e segurou o resultado com duas defesas extraordinárias. O chamado “fazer a diferença”.

Porto x Braga

- Adriano, a regressar à titularidade, e em boa forma. Seguramente com Postiga os azuis não tinham chegado naquela jogada ao golo.
- A importância do triângulo de meio campo do FCP na dinâmica da equipa, tanto defensiva como ofensivamente. Na 1ª vez que vi quebrar este triângulo em termos de marcações, na primeira parte (desequilíbrio promovido por Zé Carlos, que deambulou da esquerda para o centro, tirando de uma vez só Lucho e Assunção da jogada), o Braga criou uma grande oportunidade de golo, após remate de Frechaut. “Zé do gol” falhou quase escandalosamente a recarga… Quando em posse de bola, é notório o alargamento deste mesmo triângulo, de Raul Meireles mais sobre a esquerda e Lucho sobre a direita, para que quando a bola mal chegue aos pés de um destes (directamente da defesa ou então de Assunção), circule o mais rapidamente possível em direcção ao extremo (principalmente Quaresma), promovendo a tal rapidez na transição defesa-ataque tão do agrado de Jesualdo e grande virtude deste FC Porto. É desta maneira que a equipa mais facilmente tem chegado ao golo. Na 2ª parte, com Meireles a abusar das investidas sobre a esquerda, Lucho limitado (e mais tarde a sair) e Assunção obrigado a recuar, perdeu-se notoriamente esta dinâmica, e com isso, grande parte da capacidade de ataque da equipa.
- Rodriguez. É melhor ficarmos atentos à evolução deste peruano. Pela amostra deste jogo, temos aqui um excelente defesa central.

Sevilha x Barça

- Excelente espectáculo de futebol. Teve de tudo um pouco: golos, emoção, expulsões, penaltys, reviravolta no marcador, grandes exibições…
- A falta de controlo (emocional e não só) deste Barcelona. A ganhar 1-0 em casa do 2º classificado, com um jogador a mais e um penalty a favor já no fecho da 1ª parte, tendo como principal virtude a gestão da posse de bola, caberia na cabeça de alguém que os catalães fossem perder este jogo? Algo anda mal, e o problema só pode vir de dentro… Dois jogadores expulsos (apesar do exagero que foi a decisão do árbitro em relação a Giuly), um por (suposta) agressão e outro por protestos acaba por ter o seu significado…Nem Ronaldinho se safou…
- A diferença de agressividade entre as duas equipas. É por aqui que se começa a definir o porquê deste primeiro lugar do Sevilha…
- Rykaard, pela negativa. O primeiro a deitar a toalha ao chão. Veremos se valeu a pena poupar as estrelas no jogo contra o (até agora, só) segundo classificado.
-Daniel Alves, pela positiva. Rápido, agressivo, talentoso, bom rematador…enfim…Cansa só de ver jogar este excelente defesa/médio direito. Haverá melhor por essa Europa fora? Não creio. É certamente jogador para encetar mais altos voos. Mas que grande jogatana ontem…


“Espreitei” ainda três jogos, todos eles de vitórias relativamente esperadas. A do Inter em Livorno (e o passeio continua), do Lyon em St Etiene e a do Benfica em Vila das Aves. A reter o calcanhar de Ibrahimovic no 1º golo milanista e a fantástica execução de Tiago na chapelada monumental que deu origem ao 2º tento do Lyon. Para ver e rever…

1 comentário:

Miguel disse...

Obrigado amigo, com tão bons comentários ja não sou obrigado a ver os jogos todos durante o fim de semana. Agora ja reduzi para 10 jogos por fim de semana, temos de colocar limites à doença :D
Abraço