FCP x SCP, alguns "bitaites"
Confesso, esperava uma vitória do FC Porto. Pelo momento, pela história, pelo factor casa, pela experiência, etc etc. Não via contudo neste desiderato demasiadas facilidades. O Sporting tem uma equipa jovem mas extremamente talentosa, irregular mas que não raras vezes se empolga, principalmente nos grandes jogos. E que, claro, face às circunstâncias não tinha nada a perder.
Não contava era com algumas desilusões lá para as bandas dos azuis. Eis as razões pelas quais creio o FCP ter baqueado na 1ª parte e o Sporting ter estado claramente por cima nesta etapa do jogo:
- que o meio campo do Sporting teria superioridade numérica no miolo era esperado (4 elementos para 3), face ao figurino táctico das duas equipas. Esta era uma desvantagem que os portistas teriam que combater, quanto a mim, através de um superior aproveitamento das alas, tomando máximo proveito da capacidade individual de Quaresma e Alan (se este a tivesse…) e de uma transição rápida defesa-ataque que não permitisse uma eficaz compensação defensiva por parte dos sportinguistas. Ora, isto aconteceu... nos primeiros 10 minutos…
- depois surge, quanto a mim, a grande brecha defensiva deste Porto (e que já se havia notado contra o Benfica há uns tempos), e que passa, naturalmente, pelo seu lado direito. Fucile é claramente um mau defensor, não há grandes dúvidas disso. Depois, teve constante falta de apoio, devido à vocação menos defensiva dos seus colegas de “flanco”, principalmente quando era Quaresma que pisava o lado dextro do ataque (este raramente vinha cá atrás ajudar, seja por iniciativa própria seja por instruções vindas do banco, visando o contra-ataque). Por outro lado, Lucho estava sempre demasiado longe (eventualmente mais encarregado de organizar o jogo atacante??) e Paulo Assunção ocupado com a faixa central (e, convenhamos, bem longe do nível exibicional que lhe víramos em Londres). O Sporting foi rápido a perceber isso e logo na sua primeira jogada de ataque fez antever o que se veio a passar durante o resto da 1ª parte: Nani rouba a bola e tem uma avenida para explorar, endossa a Alecsandro que permite grande intervenção de Helton (estou claramente convencido que tivéssemos Liedson e a equipa leonina já teria ido para o descanso em vantagem…). No 1x1 Nani (excelente exibição) levou sempre vantagem, e com frequência víamos também Djaló e Romagnoli (muito boa a primeira parte também) a caírem naquele lado, deixando o lateral uruguaio claramente desamparado. As estatísticas creio que não devem mentir.
- foi confrangedora a escassez de volume atacante do Porto nesta primeira metade. Passados os tais minutos iniciais, rapidamente o bem organizado meio campo leonino se impôs, ganhando sempre a primeira e a segunda bolas, por contra ponto a uma gritante falta de agressividade dos jogadores azuis e brancos. Valiam as torres da defesa, os mais certos por esta altura.
Na 2ª parte, Jesualdo mudou a estratégia, fazendo entrar Postiga e passando a equipa para o tal 4-4-2 em losango "da moda". Aí sim, as duas equipas encaixaram (finalmente via-se Lucho a dar uma preciosa ajuda a Fucile sobre a direita), ficando o FC Porto com alguma superioridade que todavia não foi traduzida em golos.
Não contava era com algumas desilusões lá para as bandas dos azuis. Eis as razões pelas quais creio o FCP ter baqueado na 1ª parte e o Sporting ter estado claramente por cima nesta etapa do jogo:
- que o meio campo do Sporting teria superioridade numérica no miolo era esperado (4 elementos para 3), face ao figurino táctico das duas equipas. Esta era uma desvantagem que os portistas teriam que combater, quanto a mim, através de um superior aproveitamento das alas, tomando máximo proveito da capacidade individual de Quaresma e Alan (se este a tivesse…) e de uma transição rápida defesa-ataque que não permitisse uma eficaz compensação defensiva por parte dos sportinguistas. Ora, isto aconteceu... nos primeiros 10 minutos…
- depois surge, quanto a mim, a grande brecha defensiva deste Porto (e que já se havia notado contra o Benfica há uns tempos), e que passa, naturalmente, pelo seu lado direito. Fucile é claramente um mau defensor, não há grandes dúvidas disso. Depois, teve constante falta de apoio, devido à vocação menos defensiva dos seus colegas de “flanco”, principalmente quando era Quaresma que pisava o lado dextro do ataque (este raramente vinha cá atrás ajudar, seja por iniciativa própria seja por instruções vindas do banco, visando o contra-ataque). Por outro lado, Lucho estava sempre demasiado longe (eventualmente mais encarregado de organizar o jogo atacante??) e Paulo Assunção ocupado com a faixa central (e, convenhamos, bem longe do nível exibicional que lhe víramos em Londres). O Sporting foi rápido a perceber isso e logo na sua primeira jogada de ataque fez antever o que se veio a passar durante o resto da 1ª parte: Nani rouba a bola e tem uma avenida para explorar, endossa a Alecsandro que permite grande intervenção de Helton (estou claramente convencido que tivéssemos Liedson e a equipa leonina já teria ido para o descanso em vantagem…). No 1x1 Nani (excelente exibição) levou sempre vantagem, e com frequência víamos também Djaló e Romagnoli (muito boa a primeira parte também) a caírem naquele lado, deixando o lateral uruguaio claramente desamparado. As estatísticas creio que não devem mentir.
- foi confrangedora a escassez de volume atacante do Porto nesta primeira metade. Passados os tais minutos iniciais, rapidamente o bem organizado meio campo leonino se impôs, ganhando sempre a primeira e a segunda bolas, por contra ponto a uma gritante falta de agressividade dos jogadores azuis e brancos. Valiam as torres da defesa, os mais certos por esta altura.
Na 2ª parte, Jesualdo mudou a estratégia, fazendo entrar Postiga e passando a equipa para o tal 4-4-2 em losango "da moda". Aí sim, as duas equipas encaixaram (finalmente via-se Lucho a dar uma preciosa ajuda a Fucile sobre a direita), ficando o FC Porto com alguma superioridade que todavia não foi traduzida em golos.
O resto resume-se em poucas palavras. O Sporting aproveitou com mérito uma bola parada (grande execução de Tello), numa altura em que até nem tinha o sinal mais, mas rentabilizando uma exibição segura, mormente na primeira parte, e coadjuvada na segunda, numa altura em que era preciso claramente segurar o resultado. Claro que para isto contribuiu e muito a franca desinspiração de Quaresma (chega a ser desesperante ver como o FCP, em alturas mais desesperadas, se limita a passar a bola ao “cigano” e esperar que ele resolva), demasiado individualista e displicente. De resto Helton, com maior ou menor dificuldade, ainda evitou o avolumar de uma vitória, quanto a mim, claramente justa.
3 comentários:
acreditem q estou a ler a cronica do jornal "O Jogo" agora...antes q venha alguma boca :p
loool
Excelente análise!
E tu já sabes que tenho que torcer o braço e mais que houvesse porque já vaticinava a vitória do FCP.
Deixa só acrescentar que a má forma (lesão?) do lucho impediu que fosse o habitual jogador e meio que equilibrasse os números do meio campo. Não conseguiu defender nem atacar com aquele jeito que ele tem de nem precisar de correr muito para estar sempre no lugar certo.
O Alan foi um erro de casting, o Adriano nem se viu, o Paulo Assunção esteve a milhas do que sabe fazer... e o Raúl Meireles não chega, por muito talento e vontade que tivesse.
2 grandes guarda-redes, para ser perfeito (e justo) o melhor resultado era 3 a 2 para o Sporting.
Boa Jogatana!
Eu sempre achei que eras um jogador com uma boa leitura de jogo, o que mais uma vez se confirma. :D abraço
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